rebeldia. Ela mostra a sua maioridade artística em dois shows no Brasil.
A legião de fãs adolescentes da cantora e atriz americana Miley Cyrus, mais conhecida como a personagem que interpretava na tevê, a pop star Hannah Montana, se surpreendeu quando a garota fez valer os seus 18 anos e as suas curvas já pronunciadas e disse em alto e bom som: “Quero ser uma Beyoncé.” O aviso só veio reforçar o que o seu ousado videoclipe já mostrava. No filme promocional da música “Can’t Be Tamed” (Não posso ser domesticada), Miley aparece fantasiada de ave e sai de um ninho com as plumas deixando ver apenas as pernas nuas entre uma bota de cano longo e um short minúsculo. A coreografia agressiva – no melhor estilo “Thriller”, de Michael Jackson – e os gestos insinuantes causaram polêmica. A resposta da garota veio também como provocação: “Não quero passar a vida cantando para crianças de 6 anos de idade.” Essa parcela do público, com certeza, vai estar entre aqueles que garantiram seu lugar nos dois shows da estrela teen, programados para a sexta-feira 13 e o sábado 14 em grandes casas de espetáculo do Rio de Janeiro e de São Paulo. Mas a moça quer mais.
O LADO ATRIZ
Miley no drama romântico “A Última Música” (acima) e em “LOL”, no qual atua com Demi Moore: gente grandeDifícil saber se o estilo rebelde é parte de seu amadurecimento ou se não passa de uma jogada de sua gravadora, a Hollywood Records, braço do conglomerado Disney. A atitude, contudo, coincide com o início de uma nova era para Miley, que já estende seu charme para os estúdios de cinema. A mudança veio com alguns tropeços, em público. Na festa de aniversário de 18 anos, por exemplo, acontecida em novembro do ano passado, ela foi flagrada fumando sálvia divinorium, uma planta com poderes alucinógenos legalizada na Califórnia.
A notícia poderia macular a sua imagem de boa-moça mas acabou surtindo um efeito contrário: fez triplicar as vendas da substância no Estado. Foi o adeus à Hannah Montana, que, aliás, já tinha data marcada para sair de cena. O último episódio da quarta e derradeira temporada foi ao ar em fevereiro no Brasil. Um mês antes, foi exibido nos EUA para um público de seis milhões de espectadores. Era a senha para que, já consagrada na carreira de cantora, investisse no cinema.EM FAMÍLIAAté o final do ano, dois filmes protagonizados por Miley serão lançados. Em “LOL: Laughing Out Loud”, ela interpreta uma jovem que não se dá bem com a mãe, vivida por Demi Moore. “So Undercover” , o outro título, traz a artista no papel de uma investigadora que trabalha no FBI para ajudar o seu pai a pagar uma dívida. Na vida real, não tem acontecido o mesmo: Miley tem brigado publicamente com o papai, o astro da música country Billy Ray Cyrus – ele quer que a filha cuide mais da carreira que dos namorados e teme que ela se torne um novo Kurt Cobain. A música da nova fase? “Smell Like Teen Spirit”, o hino grunge do Nirvana, que deve cantar no Brasil. Para quem acha que toda ousadia tem seu preço, essa metamorfose parece ter sido positiva também para a sua conta bancária. Segundo a revista “Forbes”, o faturamento da moça saltou de US$ 25 milhões para US$ 48 milhões, o que a coloca como 13ª personalidade mais poderosa do show biz. Só não combina com o figurino as exigências para a realização de seus shows no País, item que revela as idiossincrasias das estrelas: a cantora não quer bebiba alcoólica no camarim (nem deve), mas uma marca de água fabricada nos EUA que hidrata até 11 vezes mais. Miley definitivamente tornou-se uma pop star.
Billy Ray Cyrus, astro country e pai de Miley: medo de perder a filha
Montagem: Mcyrus.com
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